Alegria,
diversão e muita paquera. O período carnavalesco já chegou e, para muitas
pessoas, esta é a melhor época do ano. Em alguns estados brasileiros, como no Rio
Grande do Sul, a folia começa ainda em janeiro com a realização das
tradicionais prévias de Carnaval. Mas é preciso ficar atento para não descuidar
da saúde, já que é uma época propícia às Infecções Sexualmente Transmissíveis
(ISTs).
As ISTs
são doenças causadas por vírus, bactérias e vários outros microrganismos que
são transmitidos por meio da relação sexual desprotegida. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), todos os dias, são contabilizados mais de um milhão de
casos entre pessoas de 15 a 49 anos de idade.
O Rio
Grande do Sul se encontra em sexto lugar nas taxas de novos casos e em primeiro
no ranking de mortalidade de HIV e a Aids. Comparando os anos de 2020 e 2022, o
número de casos de infecção pelo HIV aumentou 17,2% no Brasil. No Estado, o
aumento no período foi de 3%, passando de 2.836 casos notificados para 2.920 no
ano passado.
Além
disso, o estado
“Ao
longo de todo o ano, mas, principalmente, durante o carnaval, não se deve
descuidar da prevenção. O uso de preservativos é indispensável”, reforça a
alergista e imunologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Gisele Casado.
Conheça
as principais ISTs e sintomas
A médica
afirma que existe uma variedade de ISTs, mas as principais são HIV/aids,
herpes, hepatites virais, sífilis, clamídia, gonorreia, tricomoníase, cancro
mole, condiloma acuminado (HPV) e Doença Inflamatória Pélvica (DIP).
“Os
sintomas podem variar de acordo com cada paciente e o tipo de patologia
apresentada, mas os quatro mais comuns são corrimento, lesões, úlceras e
verrugas. Eles podem acometer os órgãos genitais, a região anal e também outras
áreas do corpo, como lábios e mão”, alerta a especialista.
Além do
sexo sem camisinha, as infecções sexualmente transmissíveis também podem
ocorrer pela transfusão de sangue contaminado ou pelo compartilhamento de
seringas e agulhas.
Prevenção
Gisele
Casado explica que o uso da camisinha masculina ou feminina em todas as
relações sexuais – oral, anal e vaginal – é o principal método de prevenção às
ISTs.
“É
importante lembrar que quem tem uma vida sexual muito ativa, com vários
parceiros, também pode fazer uso da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), que são
comprimidos que protegem contra a infecção pelo HIV, mas que precisam ser
utilizados de forma combinada com o preservativo para evitar infecção pelas
outras ISTs”, complementa.
Confira
outras dicas da médica para evitar ISTs e cuidar da saúde durante o Carnaval:
• Evite usar trajes de banho úmidos por
períodos longos. Essa medida evita doenças causadas por fungos, como a
candidíase;
• Não compartilhe objetos pessoais como
instrumentos de manicure, pinças, aparelhos de depilação entre outros;
• Se você teve relação sexual
desprotegida, buscar atendimento médico até 72h após o ocorrido pode ajudar a
evitar a contrair HIV, pois existe a PEP – Profilaxia Pós-Exposição, que
consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir ISTs.