Eventos e celebrações de todas as representações religiosas mobilizam e atraem cerca de 3 milhões de pessoas por ano em Brasília. Programação abre muitos postos de trabalho diretos e indiretos
O mais recente evento religioso de grande porte no Distrito Federal, a celebração de Pentecostes, em junho, no Taguapark, em Taguatinga, atraiu mais de 1,5 milhão de fiéis. A Marcha para Jesus, ocorrida em julho, reuniu cerca de 50 mil pessoas.. No último domingo, a celebração dos 207 anos de nascimento de São João Bosco, o santo católico que profetizou Brasília, trouxe à Capital centenas de jovens vindos de outros estados, para festejar na Ermida Dom Bosco.
Nos últimos quatro anos, o fluxo turístico no DF superou todas as expectativas, inclusive durante a pandemia, com uma média de visitantes na ordem de 9 milhões de pessoas desembarcadas no Aeroporto JK. Boa parte desta movimentação se deve à programação de eventos e à rica rota religiosa que hoje conta com o um guia específico de turismo para o segmento, chamado de Rota da PAZ.
“Este miniguia foi elaborado para levar as pessoas às nossas celebrações, templos e locais abençoados, por meio de um roteiro ecumênico e que respeita as diferentes manifestações espiritualistas, doutrinas e religiões”, disse a ex-secretária de Turismo, Vanessa Mendonça, criadora da rota religiosa, durante as os festejos de Dom Bosco, na Ermida, neste domingo.
De acordo com levantamento promovido pelo Instituto Brasil Ambiental (IBRAM), a própria Ermida Dom Bosco atrai cerca de 4 mil visitantes por semana. O local, que também marca o centro exato do Brasil, é um dos mais visitados do Distrito Federal.
O Ministério do Turismo informa que o turismo religioso movimenta 20 milhões de viagens por ano no país e injeta R$ 15 bilhões em nossa economia. Hoje, são 513 festas religiosas cadastradas no órgão, além de dezenas de atrações com essa motivação em vários municípios brasileiros.
Para a especialista Vanessa Mendonça, a maior autoridade em Turismo no DF, não basta apenas promover festas e eventos que atraiam público, gerem empregos e movimentem a economia. “É preciso uma legislação que garanta e fiscalize a continuidade dos projetos que dão certo.”