Questão será debatida no Pecuária 360º - Summit 2022, nos dias 15 e 16 de março, em SP
A preocupação em relação aos impactos ambientais de qualquer atividade humana, mas, principalmente, da produção de alimentos e de como eles são gerados e chegam à mesa do consumidor será um dos pilares da apresentação “As Novas Demandas e Oportunidades de Negócios em Sustentabilidade”, com o líder global de sustentabilidade da DSM, Carlos Saviani, durante o Pecuária 360º - Summit 2022.
A conferência, com palestras focadas em visão de negócios, produção, comercialização, network e consumidor, será realizada nos dias 15 e 16 de março, no Hotel Pullman Vila Olímpia, em São Paulo, no formato 100% presencial.
No painel de Saviani, serão apresentadas as demandas internacionais, nacionais, da sociedade, dos investidores e de órgãos reguladores. “Vou abordar sobre os impactos que as ações sustentáveis têm para o valor das empresas, para o valor reputacional, para o valor financeiro, para o valor das ações e como problemas de sustentabilidade são traduzidos em riscos e oportunidades para os investidores”, explica o líder global.
O palestrante fará, durante sua apresentação, uma ‘tradução’ da sustentabilidade, do foco ambiental e social para o financeiro e de negócios. “Vamos destacar como trazer para a área de negócios essa nova demanda, essa nova temática sobre sustentabilidade, focando em caminhos e escolhas que devemos tomar, endereçadas com ganhos econômicos e de negócios. Mostraremos que é possível”, destaca.
Saviani aponta que as novas demandas e oportunidades de negócios em sustentabilidade chegam justamente das três áreas: financeira, de consumo e dos órgãos reguladores. “Existe a oportunidade da pecuária conseguir agregar valor ou reduzir risco ou mesmo reduzir custos por meio da sustentabilidade. O grande elemento que está sendo adicionado às demandas em relação à pecuária é a esfera ambiental”.
“Criamos mecanismos de análises, relatórios, sistemas e profissões para tornar a agricultura e a pecuária mais atrativas possível e que tragam retorno econômico, por isso, existe um arcabouço de estratégias, táticas, ações, sistemas, serviços profissionais, montados para nos preocuparmos com a parte econômica”, completa.
Investimentos
De acordo com Saviani, as empresas ajudam o setor a ser socialmente sustentável, tanto com funcionários, como os consumidores. “Hoje, os frigoríficos e laticínios investem bilhões para garantir a segurança do alimento. O consumidor não vê isso, mas existem milhões de profissionais por trás, laboratórios, processos, equipamentos caríssimos nos frigoríficos, tratamento das mais diversas formas para garantir a segurança, embalagens, refrigeração e muito mais. Atualmente existe um universo construído para que os alimentos tenham sua segurança e no passado não foi assim. Milhões de pessoas morriam por infecção alimentar e nem sabiam que era isso”, destaca. “Esta é uma necessidade da nossa geração. Em breve, esta já será uma realidade totalmente estruturada. As empresas, setores e até países que primeiro atenderem estas demandas têm a chance de agregar mais valor, enquanto essas demandas não se tornarem obrigatórias, como aconteceu com a questão social”, afirma.
Existe uma oportunidade para as empresas que chegarem primeiro, para as primeiras empresas que atenderem a estas demandas, oferecendo de forma agregada aos seus produtos e mostrando como 'capturar valor'. “O maior entrave é a resistência humana. Com a tendência de resistir a alterações e às críticas externas, a vontade de mudança talvez seja a maior barreira”, aponta.
Ainda de acordo com Saviani, a sustentabilidade ambiental, muitas vezes, caminha junto com a lucratividade, com a responsabilidade social, então ela pode trazer agregação de valor e outras vantagens, como abertura de novos mercados, acesso aos 'capitais verdes' com juros mais baixos e prazos mais longos. “Existe uma série de benefícios a serem capturados, mas talvez a maior resistência seja a do ser humano e precisamos abrir a cabeça e entender o porquê essas preocupações existem. Isso não vai voltar atrás. E temos que abraçá-las. Quem abraçá-las primeiro e deixar a resistência de lado, vai colher os melhores frutos”, disse.
Das práticas e conceitos em sustentabilidade
Saviani explica que, para traduzir a sustentabilidade em termos científicos, em termos mensuráveis e, para acompanhar o seu desenvolvimento e melhorar aquilo que já é feito hoje, as ações não são diferentes da parte econômica de um negócio, com todas as suas métricas de lucratividade, retorno sobre o investimento e também sobre funcionários.
“Há uma série de métricas que utilizamos para avaliar o negócio nos campos econômico, social e de segurança alimentar, por exemplo. Elas são avaliações que mensuram e traduzem na prática essa segurança social, olhando os lados dos funcionários, números de acidentes, rotação de funcionários, motivação, e na área ambiental não é diferente. Existem métricas, metodologias e processos para calcularmos a pegada ambiental e os impactos, a fim de demonstrar onde você se encontra como produtor, como cadeia produtiva e, dessa forma, obtendo um ponto de partida para melhorias, comunicando e demonstrando a redução das pegadas ambientais, ou que elas já são baixas e, mesmo assim, continua o trabalho para melhorá-las”, aponta.
Para ele, essa é a condição mais importante. “E a boa notícia é que esses conceitos ligados às métricas já existem, podem e são constantemente melhorados, mas já estão disponíveis, podem ser usados. São relativamente simples e é questão de começarmos a usá-los e falar sobre eles, trabalhar a partir deles. As práticas são inúmeras, existem milhões de ideias, de práticas bem sucedidas que são adotadas em fazendas ao redor do mundo que nós, muitas vezes, nem conhecemos. Elas estão melhorando a sustentabilidade, reduzindo as pegadas ambientais e, na maioria dos casos, melhorando a lucratividade e produtividade. As práticas vão continuar evoluindo ao passo em que são mensuradas e passando a reportar as pegadas ambientais e as práticas de sustentabilidade”, pondera.
Programação
Entre os outros nomes confirmados estão o Equity Research da XP Investimentos, Leonardo Alencar; o professor sênior de Agronegócio no Insper e coordenador do Insper Agro Global, Marcos S. Jank; o professor de Economia Agrícola pela Fundação Getúlio Vargas e pela Fundação Dom Cabral, Alexandre Mendonça de Barros; a fundadora da agência Rede Comunicação, Flavia Rios, o sócio-diretor da Athenagro, Mauricio Palma Nogueira. A programação completa do evento pode ser acessado no link: https://pecuaria360.com.br/
Inscrições Abertas até dia 13 de março
Aos interessados as inscrições seguem abertas até o dia 13 de março. Elas podem ser feitas no link: https://pecuaria360.com.br/
Como medida de segurança, o acesso ao evento será somente para vacinados contra a Covid-19 e uso de máscaras será obrigatório durante os dois dias. Nos dias da conferência, a organização terá suporte de profissionais da saúde para medição temperatura, além da verificar o comprovante de vacinação e realizar a distribuição de máscaras, de acordo com informações do diretor da Originale Eventos e Turismo, empresa idealizadora e responsável pela organização da conferência, Adalberto Vial.
Mais informações pelo site: www.pecuaria360.com.br