Mundo pet: preferência por gatos aumenta no Brasil

 

Em comemoração ao Dia Mundial do Gato, professor de Medicina Veterinária do UniCuritiba dá dicas de como cuidar da saúde, alimentação e bem-estar desses felinos

Eles têm um lugar privilegiado nos lares e corações dos brasileiros e movimentam uma fatia importante da economia. Em 2022, segundo projeções do Instituto Pet Brasil, o setor pet deve faturar cerca de R$ 46,5 bilhões. A região Sul está em terceiro lugar na concentração de animais de estimação, atrás do Sudeste e Nordeste.


Terceiro colocado no ranking mundial, o Brasil tem mais de 144,3 milhões de pets, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). Os cães ainda são a maioria, mas há um crescimento acentuado na preferência por gatos nos últimos anos.


O coordenador do curso de Medicina Veterinária do UniCuritiba, professor Uriel Vinicius Cotarelli de Andrade, diz que alguns fatores podem influenciar na preferência pelos felinos. “Além de companheiros e dóceis, eles não fazem barulho, cuidam da própria limpeza, são mais independentes do que os cães e ficam melhor sozinhos em casa enquanto os tutores trabalham”, comenta.


Apesar da independência, os gatos precisam de carinho e atenção com a alimentação e a saúde. Para ajudar os gateiros – experientes ou de primeira viagem -, o médico veterinário preparou algumas dicas alusivas ao Dia Mundial do Gato, comemorado em 17 de fevereiro.


Cuidados com os felinos

1.     Escolha uma ração de boa qualidade para o seu gato, conforme a idade. A alimentação tem relação direta com a saúde do animal.

2.     Mantenha água fresca em abundância, em recipientes limpos.

3.     Cuide da higiene, limpando sempre a caixa de areia usada por seu gato para fazer as necessidades.

4.     Estimule seu pet com brincadeiras que desenvolvam a cognição e outras habilidades. Para se manter saudáveis, gatos precisam de estímulos físicos e mentais.

5.     Converse com o veterinário a respeito da castração, tanto de fêmeas quanto dos machos. O procedimento reduz alguns tipos de câncer.

6.     Ofereça locais limpos, confortáveis e aconchegantes para seu gato descansar.

7.     Escove os pelos do gato regularmente. Como eles costumam se lamber com frequência (o chamado “banho de gato”) é possível que ocorra a formação de bolas de pelo no estômago, o que pode causar sérios problemas.

8.     Mantenha as vacinas e consultas veterinárias em dia.

9.     Esteja atento ao comportamento do seu pet. Qualquer coisa fora do normal requer uma visita ao veterinário.

10. Assim como os cães, os gatos também podem e devem ser treinados para a convivência em casa.

11. Disponibilize arranhadores ou outros objetos para que o gato afie as unhas, que devem ser cortadas com frequência.

12. Extremamente limpos, os gatos não precisam de banhos semanais ou mensais como os cães. Se for o caso, use toalhinhas úmidas para eliminar a sujeira ou xampu seco específico para felinos. Os banhos, quando necessários, devem ser com água morna, em local tranquilo.

13. Gatos são caçadores. Fique de olho para que seu pet não coma algo indesejável.

 

História antiga e responsabilidades

Os primeiros registros históricos de domesticação de gatos vêm do Antigo Egito, mas foi no século 19 que os ingleses tiveram a iniciativa de criar gatos profissionalmente, desenvolvendo novas raças.


Hoje, os felinos são queridos e encontrados com muita frequência em lares dos Estados Unidos, Canadá, Europa (exceto Portugal, Espanha e Irlanda), Rússia e Oriente Médio.


O professor Uriel Andrade, do UniCuritiba, lembra que existem muitas raças de gatos com características distintas, com tipos de pelo variados e portes diferentes. Nas raças pequenas, os adultos pesam cerca de dois quilos e são ideais para apartamentos, mas há raças grandes em que um exemplar adulto chega a 80 centímetros de comprimento e 12 quilos.


“Ter um pet exige responsabilidade. Por isso, antes de levá-lo para casa, avalie a sua rotina, o tempo que terá para se dedicar a ele, o comportamento característico de cada raça, o tamanho do animal quando adulto e planeje no orçamento as despesas com consultas, vacinas e ração. Depois, é só aproveitar esse amor incondicional”, ensina o coordenador do curso de Medicina Veterinária.


Paixão de infância

Apaixonada por gatos desde criança, a estudante de Medicina Veterinária do UniCuritiba, Pauline Machado, garante que é possível estabelecer uma conexão com os felinos. “É amor, identificação e admiração”, explica a voluntária na ONG Beco da Esperança, que abriga cerca de 500 gatinhos à espera de adoção.


“Sou muito feliz e agradecida por ter a oportunidade de conviver com eles 24 horas por dia, em casa e na ONG. Este é o meu propósito de vida: dedicar meu tempo a eles e proporcionar a cada um uma vida melhor, mais feliz e com amor, como todos os gatos merecem.”


Segundo Pauline, os gatos têm um lugar prioritário em sua vida. “No Dia Mundial do Gato, só tenho a agradecer por confiarem em mim e me deixarem cuidar deles com tanto amor, respeito e responsabilidade. Pensando bem, são eles que cuidam de mim.”


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