Além de facilitar a organização
financeira, o serviço ajuda pacientes a se adaptarem com as próteses
A
perda auditiva pode prejudicar significativamente a qualidade de vida. Os
prejuízos vão desde a dificuldade em entender uma conversa corriqueira à falta
de compreensão pela família, problemas de socialização e, consequentemente,
isolamento. Ainda assim, adquirir e fazer o uso de um aparelho auditivo – também conhecido como prótese
acústica – pode não ser tão simples como parece.
Em
uma iniciativa inovadora, ainda pouco usual no Brasil, a Audiba, empresa
paranaense de aparelhos auditivos, criou um modelo de serviços diferenciado para
seus clientes. Além da compra, a instituição oferece também o aluguel dos
aparelhos.
“A
gente sempre fala que existem três questões principais para fazermos a locação.
Primeiro, a questão financeira. Com o serviço, o paciente terá tempo para se
organizar financeiramente para uma futura aquisição. Já para pacientes muito
resistentes, que não querem fazer o uso, a locação proporciona mais tempo para que
se tenha a experiência com a prótese e, consequentemente, uma melhor adaptação.
Por fim, também locamos para os portadores de zumbido, que ainda estão em
processo de investigação para verificar se existe algum outro tipo de
comprometimento ou alteração relacionados à condição”, explica Márcia Bonetti, fonoaudióloga e responsável
técnica da empresa.
O
aluguel pode ser feito a partir de um mês e ser prorrogado conforme a
necessidade ou vontade do paciente. Os aparelhos ofertados possuem tecnologia
para atender indivíduos com perdas de audição nos níveis leve, moderado ou
severo.
Para
Florindo Nicolau Dalpra, de 82 anos, o período de “teste” foi fundamental para
a adaptação e aquisição segura do aparelho, especialmente após experiências
anteriores frustradas com o uso da prótese.
“Meu
pai não se adaptou a um aparelho que usou há muito tempo e hoje sabemos que, em
grande parte, foi pela falta de assessoria para entender como o equipamento funcionava”,
explica a filha de Florindo, a aposentada Sueli Inês Dalpra, completando que
mesmo tendo apenas 30% da audição, aproximadamente, o pai optou por não utilizar
a prótese na época.
Com
a locação, a experiência foi positiva para Florindo. Além de uma melhor
adaptação com o aparelho por parte do paciente, a família contou com uma
assistência completa para o uso, o que foi fundamental para a escolha da
prótese.
Sueli
ainda diz que, na hora da locação, não sabia que deveria haver preocupação com
regulagens específicas, acreditando que bastava escolher pelo preço ou pela
marca, por exemplo. Por isso, o atendimento com a fonoaudióloga da Audiba foi
fundamental, uma vez que a profissional entendeu a necessidade de Florindo.
“Ele
não tem estudo, não faz uso de tecnologias, não fala ao celular ou escuta
músicas, então ele não precisa de um aparelho para isso. Poderiam ter oferecido
o equipamento mais caro, mas a fonoaudióloga notou as necessidades do meu pai
na hora de apresentar a melhor próteses. Com apenas dois meses de aluguel já
fizemos a compra. É preciso que o profissional tenha essa sensibilidade para
descobrir o que o paciente precisa. Nós tivemos isso em nosso atendimento”,
ressalta a aposentada.
Segundo
Márcia, a indicação da prótese é feita em conjunto com o paciente e o
profissional. O exame de audiometria é apresentado antes do momento da locação
e, assim, a profissional expõe os modelos de aparelho que se encaixam com a
perda auditiva da pessoa consultada, bem como os respectivos valores para uma
futura aquisição.
Além
disso, após a compra, os pacientes da Audiba contam com serviços como
manutenção, plantão para sanar dúvidas por telefone e Whatsapp e até mesmo
atendimento residencial para pessoas com dificuldades de locomoção, sempre com
o acompanhamento de uma fonoaudióloga e respeitando os protocolos de segurança
da Covid-19.