13 milhões de brasileiros têm diabetes: manter hábitos saudáveis é via da prevenção

 Novembro é o mês mundial de conscientização sobre a doença, que está ligada à pouca quantidade ou não aproveitamento da insulina pelo corpo

Quem nunca ouviu que exagerar no açúcar pode causar diabetes? Ainda que o consumo descomedido de doces ou refrigerantes esteja, de certa forma, associado à doença, não é esse o fator decisivo para seu surgimento.  

“Diabetes é uma doença crônica, não transmissível, causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, que tem a função de quebrar as moléculas de glicose, transformando-as em energia no organismo”, explica Hiana Lampier Pinto, supervisora de nutrição da Lar e Saúde, uma das maiores prestadoras de serviços home care do Brasil.

Novembro é considerado o mês mundial de conscientização sobre a diabetes, com o objetivo de ressaltar a importância sobre a prevenção e os cuidados com a doença. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 250 milhões de pessoas em todo o mundo têm diabetes. No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, mais de 13 milhões de pessoas vivem com a enfermidade, o que representa quase 7% da população do país.

A doença é classificada pelos tipos 1 e 2. O primeiro caso, que concentra entre 5% e 10% do total de diabéticos no Brasil, é caracterizado pela pouca ou nenhuma quantidade de insulina liberada para o corpo, concentrando altos níveis de glicose no sangue. Definido como hereditário, manifesta-se, em sua maior parte, nos períodos de infância e adolescência, podendo ser diagnosticado também em adultos. 

O tipo 2, que ocorre em cerca de 90% das pessoas com diabetes, resulta da resistência à insulina. Pelo fato de o corpo não aproveitar adequadamente a insulina produzida – ou pela produção insuficiente –, ocorre a dificuldade de controle das taxas de glicose do sangue. 

“A causa está relacionada ao sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, pressão alta e hábitos alimentares inadequados”, afirma Hiana.

Além desses dois tipos, destaca-se também a diabetes gestacional, quando há aumento do nível de glicose no sangue durante a gravidez, e o pré-diabetes, descrito quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas não o suficiente para um diagnóstico da doença. Ainda assim, 50% dos pacientes que têm esse último diagnóstico desenvolvem diabetes, mesmo seguindo as orientações adequadas. Nesses casos, obesos, hipertensos e pessoas com alterações no colesterol estão no grupo de alto risco.

Alimentação e estilo de vida como aliados

Uma vez diagnosticado, o diabetes não tem cura, porém, atualmente, o controle pode ser realizado de forma extremamente eficaz, realizar exames regularmente, manter uma rotina saudável, sobretudo quanto à alimentação, torna-se um grande aliado na prevenção e controle da enfermidade. Algumas empresas proporcionam a oportunidade de acompanhamento da doença da maneira que for mais confortável para o paciente, como é o caso da Lar e Saúde. Seja por meio de atendimento na própria casa do diabético ou de forma remota.

“Um estilo de vida adequado reflete positivamente no tratamento do diabetes, bem como na sua prevenção”, ressalta a especialista. “O menor consumo de alimentos ricos em carboidratos simples, melhor qualidade dos alimentos ingeridos, maior controle no consumo de açúcares e a prática de exercícios físicos regulares ajudam a controlar as taxas de glicemia. Assim, com o gasto energético proporcionado pela atividade física regular, o organismo utiliza o açúcar do sangue de forma eficaz”, pontua a supervisora de nutrição da Lar e Saúde.

Além disso, deve-se evitar o consumo de alimentos processados e ultraprocessados, uma vez que possuem grande quantidade de gorduras, sal, açúcar e outros componentes químicos.

“Em geral, a dieta de uma pessoa com diabetes é composta por alimentos que podem ser consumidos pela população saudável, salvo as individualidades de cada pessoa. Em geral, toda população deve buscar melhorar seus hábitos alimentares diários, pois uma alimentação ruim, somada a outros fatores, também pode desencadear a doença”, explica Hiana.

Desta forma, de acordo com a nutricionista, ter um hábito alimentar saudável, variado e em quantidades adequadas é capaz de suprir aquilo que o organismo precisa. Além disso, manter uma rotina de exercícios, manter o peso controlado e evitar o uso de tabaco e álcool também são atitudes fundamentais para o controle e prevenção da diabetes.

Atenção aos sintomas

Os principais sintomas das diabetes são fome e sede excessiva e vontade de urinar várias vezes ao dia. Além disso, no tipo 1, perda de peso, fadiga, mudanças de humor, náuseas e vômito são alguns indícios. Já no tipo 2, formigamento nos pés e nas mãos, infecções frequentes na bexiga, rins ou pele e visão embaçada são sintomas de alerta. 


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