Indústria demonstra resiliência na pandemia e perspectivas para 2021 são positivas, segundo José Maurício Caldeira

Apesar da queda no ano passado, o setor terminou dezembro no azul e oito meses de alta, diz José Maurício Caldeira, sócio acionista e membro do Conselho de Administração da Asperbras

José Maurício Caldeira, sócio acionista e membro do Conselho de Administração da Asperbras. Foto: Divulgação.

Após quase um ano de pandemia, os efeitos da Covid-19 ainda estão presentes na atividade econômica. Enquanto o setor de serviços e comércio são mais afetados pelo distanciamento social, o setor industrial tem conseguido resultados melhores e este panorama deve prevalecer este ano. “A indústria demonstra resiliência na pandemia e as perspectivas para 2021 são positivas”, destaca José Maurício Caldeira, da Asperbras.

O cenário otimista transparece nos números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em dezembro de 2020, a produção industrial cresceu 0,9% frente a novembro. “Foram oito meses de alta”, diz José Maurício Caldeira. Com isso, o setor acumulou crescimento de 41,8% e eliminou a perda de 27,1% registrada entre março e abril.

Boletim Focus, do BC (Banco Central), projeta um crescimento do PIB brasileiro de 3,47% neste ano, enquanto a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), aposta em 4% para o Brasil, 4,5% para a indústria, com destaque para a indústria de transformação, com crescimento de 5,9%.

As projeções trazem boas perspectivas, apesar dos desafios enfrentados atualmente pela indústria. A Fiesp produziu um estudo sobre a disponibilidade de matérias-primas, um dos principais gargalos do setor. O trabalho, que reúne pesquisas feitas entre setembro de 2020 e janeiro de 2021, informa que foi de 33,7% o aumento médio dos custos gerais das companhias no ano passado.  Entre os segmentos com maior dificuldade encontram-se os de resinas plásticas, embalagens de papelão, produtos de aço, ferro, cobre e químicos em geral.

A indústria da construção civil também enfrenta esses percalços. Segundo os dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o problema atingiu 50,8% das empresas no quarto trimestre de 2020. No trimestre anterior, o percentual era de 39,2%. Mas a pesquisa também mostra que empresários da construção melhoraram suas expectativas em janeiro de 2021, sobretudo para compra de insumos e matérias-primas nos próximos seis meses.

Para José Maurício Caldeira, da Asperbras, o setor imobiliário vive um bom momento. “A Asperbras atua nessa área desde os anos 1990”, frisa o executivo. O Grupo Asperbras é responsável pela construção de edifícios comerciais e residenciais e loteamentos de médio e alto padrão ao longo desse período. Atualmente, atende o mercado por meio da Abitte Empreendimentos e Urbanismo, empresa do grupo que recentemente lançou os empreendimentos Adisa, em Birigui (SP), com oferecimento de 464 lotes e residenciais em condomínio fechado e outros 370 lotes no Quinta do Ipê Residencial Parque, em Araçatuba.

“A tendência é o setor imobiliário ter grande expansão no interior”, ressalta José Maurício Caldeira.  A procura por imóveis nas cidades com mais de 100 quilômetros de distância da capital paulista e com boa infraestrutura aumentou com a popularização do home office. Subiu 340% no primeiro semestre de 2020, em plena pandemia da Covid-19, segundo um levantamento do Grupo ZAP.

CONSOLIDAÇÃO NO MERCADO DE MDF

GreenPlac, empresa da Aspebras que produz placas de MDF, também está aproveitando as oportunidades trazidas pelo aquecimento da construção civil e do mercado imobiliário.

A companhia lançou neste ano os padrões de cores e texturas Rosato, Volato e Verbenni. Com os lançamentos, a marca oferece 36 padrões diferentes para seus clientes. Trata-se de mais uma etapa de um plano de expansão e consolidação da GreenPlac, que vem sendo implementado desde o início de suas atividades, em 2018.

Ao longo dos dois últimos anos, a companhia tem investido fortemente na autossuficiência de sua planta industrial, instalada em Água Clara (MS). A GreenPlac utiliza madeira própria, plantada em áreas da Asperbras, e instalou uma unidade de produção de resina e outra de formol, insumos utilizados na produção do MDF.

A fábrica reutiliza a água de chuva em seu processo produtivo. Além disso, ela dispõe de autonomia na geração de energia elétrica. A Asperbras dispõe de uma usina termoelétrica de biomassa em Guarapuava (PR), que produz a quantidade de energia equivalente ao que a GreenPlac consome, em Água Clara. A usina alimenta a planta da GreenPlac indiretamente, por meio de compensação energética.

Para as próximas etapas, a GreenPlac pretende conquistar o mercado externo. Para tanto, a empresa tem investido em certificações acreditadas pelo mercado, como a FSC – CoC (Cadeia de Custódia), o ISO (International Organization for Standardization), certificação que promove a padronização das normas e procedimentos, e o selo CARB (California Air Resources Board), que pode dar acesso de seus produtos a importadores dos Estados Unidos.

Asperbras

A Asperbras, dos irmãos Francisco e José Roberto Colnaghi, começou sua história com o talento e a perseverança do pai Francisco Colnaghi que, em 1966, ao fundar uma empresa de implementos agrícolas em Penápolis, cidade do interior de São Paulo, deu a largada para o desenvolvimento de um grupo empresarial baseado no compromisso com a qualidade, dedicação em tempo integral e responsabilidade na prestação de serviços. Menos de vinte anos depois, a empresa já era reconhecida em todo o Brasil com a estratégia de investir na fabricação de tubos e conexões de PVC para irrigação agrícola, e de lá para os dias de hoje, a Asperbras se transformou em um dos mais importantes grupos empresariais brasileiros. Hoje, a Asperbras é reconhecida também por atuar nas áreas de engenharia industrial, gerenciamento e montagem de projetos industriais em diversos segmentos, na construção e incorporação imobiliária, e nos setores de alimentos, agronegócio, mineração e geração de energia. O Grupo mantém suas estruturas societárias nacionais e internacionais desvinculadas e independentes, atuando em quase todo Brasil e em três continentes, África, Europa e América do Sul. São mais de três mil profissionais que trabalham em programas, projetos e obras nos principais segmentos da economia mundial. Para o atendimento dos projetos de adução de água e esgoto no Norte e Nordeste, a Asperbras tem duas plantas industriais, sendo uma na Bahia e outra no Rio Grande do Norte. Nos estados de São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul atua no segmento de Agronegócio.

Assessoria de Comunicação
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