Levantamento da PwC com mais de 3 mil executivos, sendo mais de 100 deles do Brasil, confirma situação verificada no cotidiano agravada pela pandemia, destaca consultor da Apura
A pandemia de Covid-19 e os frequentes episódios de ataques cibernéticos fizeram com que as empresas, em todo o mundo, acelerassem seus planos para suas respectivas áreas digitais, como mostra uma pesquisa da consultoria PwC. Para uma das principais organizações de prevenção e combate na área, a brasileira Apura Cybersecurity Intelligence, a preocupação reflete o aumento na ocorrência de casos e ameaças.
A pesquisa da PwC ouviu 3.249 executivos de negócios e tecnologia de 44 países. Entre os consultados, 109 deles são executivos de diferentes empresas no Brasil. De acordo com o levantamento, a quase totalidade – 96% dos executivos – afirmou que as estratégias de cibersegurança serão ajustadas, por causa das ocorrências durante a pandemia de Covid-19. Além disso, 50% dos diretores declararam estar mais propensos a considerar a segurança cibernética em todas as decisões de negócios - um aumento de 25% em relação à pesquisa feita no ano passado.
“Esses dados retratam o que já estávamos constatando no cotidiano de nosso trabalho. A preocupação com segurança cibernética tem se intensificado, já há alguns anos. O cenário de pandemia expôs a emergência do problema e fez aumentar ainda mais a preocupação, e, também, a busca por prevenção, por parte das empresas”, avalia o consultor Sandro Süffert, fundador e CEO da Apura, com larga experiência, tanto no setor público como na iniciativa privada.
ORÇAMENTO
A pesquisa aponta que, especificamente entre os executivos de tecnologia e segurança consultados, mais da metade (55%) planeja ampliar o orçamento de suas organizações voltado à segurança cibernética. Manter equipe dedicada integralmente ao assunto é a intenção de 51% dos executivos.
Isso mesmo com projeções de que suas empresas registrarão queda na receita anual, diante dos impactos econômicos da pandemia – 64% dos executivos apontaram a redução de faturamento no cenário. Para Sandro Süffert, este é outro dado que demonstra como as organizações estão de fato priorizando a cibersegurança.
A pesquisa indica, ainda, que 3,5 milhões de vagas de empregos no setor de segurança cibernética deverão ser preenchidas em 2021 em todo o mundo. “Entre os requisitos para a contratação, foram citadas pelos executivos as habilidades analíticas (47%), habilidades de comunicação (43%), pensamento crítico (42%) e criatividade (42%)”, diz o texto.
AMEAÇAS FREQUENTES
No início de novembro, a Apura Cybersecurity Intelligence divulgou balanço com dados registrados desde janeiro, sobre ocorrência de ciberataques ou ameaças. Chamou a atenção às fraudes financeiras – sobretudo envolvendo cartões de crédito de terceiros: foram 770 mil fraudes identificadas pela Boitatá, ferramenta desenvolvida pela Apura, e referência em cibersegurança na América Latina.
De um modo geral, as maiores ameaças cibernéticas são promovidas por “malwares” (softwares maliciosos): 54% dos casos constatados pela solução da empresa brasileira. “Em seguida, vêm as ocorrências referentes a ataques de phishing [captador de dados], com 41% do total. Ocorrências referentes a ataques de Negação de Serviço (DDoS) representam 4% das informações levantadas pela nossa ferramenta”, contabiliza o diretor de Operações da Apura, Maurício Paranhos.
MAIS INFORMAÇÕES
• Sobre a Apura Cybersecurity Intelligence: https://apura.com.br/