A obra está orçada em R$ 12 milhões e será custeada com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), principal parceiro do GDF
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Criado para atrair empresas e criar empregos no Distrito Federal, o Polo JK, em Santa Maria, vai oferecer um tipo de energia específica para grandes plantas industriais, que é a de alta tensão, chamada de energia firme – mais estável que a utilizada para abastecer, por exemplo, as áreas residenciais.
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) cumpre o compromisso firmado com o empresariado e se prepara para entregar, dentro de alguns meses e em pleno funcionamento, a subestação de energia que está sendo construída pela CEB.
A obra já se encontra na fase final. A construção da última etapa da usina foi autorizada: é a instalação da linha de transmissão de energia da subestação para o Polo JK, que deverá ter aproximadamente 13 km de extensão.
Orçado em R$ 12 milhões, o trabalho será custeado com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), principal parceiro do Governo do Distrito Federal (GDF) no programa Procidades, que leva infraestrutura a áreas de desenvolvimento econômico (ADEs) para atrair empresas.
Fases da obra
Ao todo, já foram consumidos recursos desse acordo com o BID na ordem de R$ 30 milhões para a construção de outras etapas da subestação. A obra é executada em quatro fases.
Primeiramente, foi realizado o projeto estrutural; depois, instalados dois transformadores. Em seguida, veio toda a edificação e, por fim, a extensão da linha de transmissão de energia, com postes e fio de alta tensão.
Segundo a subsecretária de Apoio às Áreas de Desenvolvimento Econômico, Maria Auxiliadora Gonçalves França, a obra é muito importante para aquela região, “uma vez que ela desonerará os empresários de investirem em equipamentos de energia, como gerador e transformador”. Ela afirma que a energia industrial é aguardada há mais de 20 anos.
“As indústrias que estão lá não têm energia firme – energia para grandes máquinas usadas em indústrias, como grandes panificadoras, farmacêuticas, fábricas de sorvete e gráficas. A maioria tem hoje gerador a diesel, que gastam um absurdo para funcionarem”, explica.
Programa Procidades
O programa tem quatro componentes que são levados para ADEs: a parte de desenvolvimento institucional, com instrumentos e insumos para a secretaria gerir o Procidades, com funcionários, capacitação, computadores; o Plano Distrital de Atração de Investimentos, que significa estudar o cenário e propor caminho para o desenvolvimento econômico no Distrito Federal baseado em vocações; o desenvolvimento das empresas que estão localizadas nas ADEs e, por fim, sua cadeia produtiva.
Cinco eixos foram pensados e são oferecidos no programa: capacitação do trabalhador, de fornecedores, do empresário, um programa de inovação tecnológica e um componente de obras e infraestruturas.
Empregos
A principal meta do Procidades é justamente a criação de empregos. “Com a chegada da energia, acreditamos que haverá maior interesse de empresários em se instalarem no Polo JK”, pontua Maria Auxiliadora.
A chamada lei da atração parece ter sido posta em prática antes mesmo de ligarem os disjuntores da subestação. Somente com os trabalhos da ramificação da linha, que devem durar dez meses, a Companhia Energética de Brasília (CEB) calcula a contratação de cerca de 50 funcionários.
Wlecio Chaveiro Nascimento é dono de uma fábrica de pré-moldados no Polo JK. Ele chegou a gastar, com o aluguel de gerador, cerca de R$ 60 mil por mês. Então, decidiu colocar um transformador. “Essa obra será de grande importância para a minha empresa e outras do setor”, avalia.
“Tive o convite para levar a sede da minha empresa para outras praças, como São Paulo e Belo Horizonte, mas preferi aqui, porque [a cidade] tem uma posição bem privilegiada e um perfil de vanguarda”, conta. “A cidade está sempre à frente”. Atualmente, ele emprega 70 pessoas, mas esclarece que seu ramo de negócios proporciona de forma indireta outros 80 postos de trabalho, com fornecedores e prestadores de serviço.