Faculdades decidem pela volta das aulas práticas apenas dos cursos de saúde



O Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos Particulares de Ensino Superior do Distrito Federal (Sindepes-DF) acredita não ser o momento mais adequado para os estudantes retornarem às atividades presenciais em razão da pandemia da Covid-19. Em reunião, os representantes das 17 faculdades que fazem parte do sindicato dialogaram e concluíram que o retorno às aulas presenciais, diante do momento sanitário, é prematuro. 

O decreto do governador Ibaneis Rocha deixa a opção para que as instituições definam suas próprias datas. A Portaria do MEC, por sua vez, autoriza que as faculdades operarem de forma remota até o mês de dezembro.

De acordo com o presidente do Sindepes-DF, Luiz França, "o ensino remoto síncrono emergencial, exceto para os cursos que possuem necessidade de aulas práticas, é o mais apropriado para o momento". As instituições associadas ao Sindepes-DF são responsáveis por 210 mil estudantes em todo o Distrito Federal.

O Sindepes-DF é a favor da volta às aulas práticas na área da saúde, como nos cursos de Medicina, Odontologia, Fisioterapia e Enfermagem. As clínicas e laboratórios acadêmicos funcionam por meio de práticas realizadas pelos estudantes concluintes ou em estágio avançado do curso. No entanto, as atividades de disciplinas teóricas, que podem continuar com aulas remotas, devem permanecer com o ensino remoto síncrono emergencial, como preconizado pelo MEC.

O professor Márcio Dias, CEO do Grupo Brasília Educacional, aponta que “enquanto os índices de contágio não reduzirem significativamente haverá risco aos profissionais e estudantes, razão pela qual a atividade remota se mostra como adequada.”

Thiago Gomes, LS Educacional
A preocupação dos responsáveis pelo ensino superior na capital tem fundamento quando são analisados os dados da disseminação do Novo Coronavírus no DF. Os casos ultrapassaram os 100 mil confirmados, 1.400 mortos e a média diária, tanto de contaminados quanto de óbitos, ainda não diminuiu.

Thiago Gomes, diretor executivo de operações da LS Educacional, declara: “o ensino remoto síncrono emergencial está funcionando com excelência, não há prejuízo na qualidade do conteúdo, diante disso, é importante que permaneçamos dessa maneira até que a situação se normalize.”

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